sábado, 1 de setembro de 2012
Provamos que não somos só uma banda de moleque", diz Daniel Weksler
Felizes e orgulhosos com o resultado do novo trabalho,o NX Zero conversou com o R7 sobre o quarto disco da carreira, que chegou às lojas neste mês.
Di Ferrero conta que sentiu algo diferente aflorar enquanto escrevia as novas composições do álbum, que é marcado por influências da música brasileira.
— É o começo de algo novo e é legal a música poder acompanhar essa nova fase com a gente!
Caco, Gee, Dani Weskler e Fi Duarte também se mostram seguros e orgulhosos da própria trajetória de sucesso, que eles trilharam em passos firmes e decididos. Em Comum é, sem dúvidas, o disco mais intimista e pessoal da história do NX Zero. O CD, que marca uma nova fase da banda, atraiu um público mais velho.
O lançamento de Em Comum trouxe à tona o amadurecimento do NX Zero e acabou trazendo um público mais velho, que passou a admirar e reconhecer o trabalho da banda. Vocês sentem que essa transição aconteceu de forma natural?
Di Ferrero: A gente sente que esse amadurecimento aconteceu de um jeito normal. Afinal, a gente cresceu também. Não dá pra negar isso! Passamos por várias coisas. Não temos mais vinte anos como antes. Isso acaba aflorando nas músicas e na bagagem que acumulamos.
Dani Weskler: Já são três anos desde o último disco de inéditas. Foi tempo suficiente pra mudar muita coisa...
Gee: Achamos legal o público mais velho passar a curtir nosso trabalho. Já ouvimos bastante elogios com Maré e até a música Cedo Ou Tarde, que já é velha, acabou caindo no gosto dos fãs que não são tão jovens assim.
Dani Weskler: Antes a galera ficava muito presa e limitada, mas provamos que não somos só uma “banda de moleque”. Acho que o tempo passou e todo mundo foi se dando conta de que as coisas não são bem assim. Elas se permitiram parar e ouvir as nossas músicas!
Na opinião de vocês, nesses dez anos de carreira, o que mais mudou na história da banda?
Dani Weskler: O que mais mudou nesses dez anos de estrada foi a bagagem. Como pessoas, nós continuamos os mesmos. A gente continua se respeitando e passou a acumular uma bagagem musical muito maior.
Gee: O que é mais legal também é que vivemos as fases do NX de acordo com as nossas idades.
Di Ferrero: Outra coisa que mudou bastante foi a estrutura. Antes, era zero! [risos] Agora, temos equipe, assessoria de imprensa, uma galera que é essencial pra nós. E a gente também não para de fazer as coisas, somos independentes, não conseguimos deixar todo mundo fazer tudo por nós.
Quais são as músicas que vocês mais gostam do novo álbum?
Caco: Música é que nem filho, você não tem um preferido! [risos]
Gee: Eu não ia falar, mas a minha favorita é Maré...
Di Ferrero: Difícil escolher, mas acho que Ligação também é outra canção que a gente notou que todo mundo está curtindo bastante.
Dani Weskler: Eu gosto de Espero Um Sinal.
Quais foram as maiores inspirações pra compor as músicas de Em Comum? Como surgiu esse novo CD?
Di Ferrero: Esse disco foi diferente de todos os outros. Nós inventamos coisas e situações. Antes, na hora de escrever uma letra, a gente tinha que buscar algo dentro de nós. Conversávamos muito e de algumas vivências nossas a gente tirava as composições. Dessa vez, criamos coisas! Esse CD teve um desprendimento total, conseguimos falar sobre outros assuntos que a gente ainda nem tinha abordado em outros trabalhos.
Dani Weskler: Foi bem ao estilo Chico Buarque!
Gee Rocha: Concordo com o Dani. Também acho que tem muita coisa relacionada à vida dele [do Chico Buarque]. Acho que esse CD foi mais interior, algo mais intimista e pessoal...
Di Ferrero: Na realidade, o álbum aconteceu de uma forma muito louca. A gente tinha acabado de lançar o DVD comemorativo de 10 anos. Aí, no estúdio, a gente passou a ouvir muito John Mayer, Ben Harper, Norah Jones, John Legend. Também ouvimos muita música brasileira dos anos 80. Coisas que a gente precisava conhecer melhor, pois não eram da nossa época.
Dani Weskler: Escutamos desde Capital Inicial até Legião Urbana e Ultraje a Rigor... Biblioteca básica! [risos]
Com a agenda lotada, como fica a vida pessoal? O que vocês mais sentem falta de fazer, que hoje já não conseguem mais por conta da turnê de shows?
Dani Weskler: Dormir! [risos] Na realidade, são fases, né? Por exemplo, quando você está gravando o disco, por mais que tente sair com os amigos, a cabeça fica 100% naquilo. É muita correria!
Caco: A gente não consegue em nenhum momento se desligar do trabalho, é complicado.
Di Ferrero: Mas acho que melhoramos bastante nesse sentido. Antes era uma ansiedade só! Principalmente quando a gente ia participar de algum programa na televisão. Eu mal conseguia respirar direito... [risos]
Dani Weskler: Isso que o Di falou é verdade. O nervosismo mexia com o nosso psicológico! Às vezes, até rolava um stress entre todos nós, discutíamos por alguma coisa que um não concordava com o outro. O que é normal. Mas, com o tempo, aprendemos: a gente sabe dividir trabalho e amizade.
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