“É o nosso CD? Posso ver?”, quando o Dani me recebeu com essas perguntas, achei que ele estivesse brincando. Como assim? O NX Zero ainda não tinha visto o próprio álbum novo? Mas até a entrevista com a yes, a banda e a equipe ainda não tinham conferido o Em Comum pronto. Enquanto o CD passava de mão em mão, os caras explicaram que estiveram na correria e tinham acabado de chegar do Japão! Pensei: “Ótimo, eles devem estar cheios de novidades para contar!”. Mas o melhor de tudo foi perceber que, apesar do amadurecimento musical, o comportamento dos garotos do álbum Diálogo? (o primeiro da banda) ainda estava lá, entre as brincadeiras, o ar tranquilo e a confiança de uma amizade que já dura 10 anos!
Há alguma lembrança marcante de quando vocês estavam no estúdio de gravação?
Dani: Lembro de algo relacionado com a faixa Maré. O Gee falou que tinha feito uma música ao estilo bossa nova. Aí eu pensei: “No que será que vai dar?”. Mas a parte legal é que todo mundo abriu a cabeça. Algo que surgiu do bossa nova e virou a Maré. E todos da banda gostaram dela de primeira, foi unânime! Até agora, vocês ouviram muitas críticas negativas sobre o Em Comum?
Gee: No Projeto Paralelo ouvi bastante gente falando bem e mal. Eu estava mais preocupado com esse disco porque fazia tempo que não lançávamos um álbum só de inéditas. Mas a recepção foi ótima! Tenho ouvido elogios sobre as músicas, em especial a faixa Ligação. Acho até que pode ser o próximo single.
Vocês acham que, por estarem mais experientes, o público adulto pode começar a se identificar com as músicas do NX?
Dani: O legal da Maré é que eu vi uma galera diferente comentando sobre ela. Senti que ela atingiu os pais dos próprios fãs. No show é que dá para sacar esse lance dos públicos. Vai desde a galera mais nova de 14 anos até o pessoal da nossa idade.
Di: Foram as duas partes. A gente sentiu isso, mas depois que o disco saiu. Acho que nós crescemos mesmo, e os fãs que cresceram com a gente também esperavam isso, algo diferente. Até a molecada mais nova que nem pegou o NX desde o começo curtiu o CD. O que vocês têm Em Comum com... ...os fãs
Gee: A gente também já foi aquela molecada que ia na Expomusic tirar foto com todo mundo. Já seguimos bandas na rua, levamos bronca de seguranças...
Dani: Eu e o Di fomos ao show do Incubus, ficamos na fila por uma hora para entrar no camarim e não conseguimos! Tem um pessoal que fala: “viajei muito para ver vocês”. Nós também já viajamos para a Argentina só para ver o AC/DC. Nós corremos atrás também. ...o NX Zero de 10 anos atrás
Fi: A vibe entre a gente não mudou nada. A diversão é a mesma. Tem muita banda que durante 10 anos já teria brigado bastante, saído muita gente. Desde que ficamos com essa formação, nunca tivemos uma discussão mais séria. O respeito entre a gente continua o mesmo, não como colega de trabalho, mas como família.
E vocês têm uma dica para as bandas que estão começando?
Fi: Tem de se juntar com a galera que está a fim de fazer, não com o pessoal que está lá só para tirar uma grana, porque não vai conseguir. O importante é fazer os shows, divulgar, pegar uma casa legal para tocar. É uma forma de aprender como funciona tudo isso.
Dani: Não pode ter preguiça! E é assim que sai a molecada que vai virar produtor de show ou engenheiro de áudio. Junta um grupo que tem amor à música e pergunta: “Você gosta de áudio? Luz? Está a fim de treinar?”. O Gee começou a trabalhar com arte porque não tínhamos ninguém para fazer a parte gráfica da banda. Ele perguntou se podia tentar e foi na garra mesmo.
Di: E não cobra nada, né [risos]?
Perguntas das fãs via Twitter:
Qual foi a sensação assim que pisaram no Japão? @amamosmelf
Gee: Aconteceram coisas muito engraçadas, na verdade. Os moleques estavam com aquele lance de experimentar um monte de comida, até que sobrou algo que parecia um cocozinho [risos]. Mas o Dani e o Fi experimentaram. Depois, vimos essa mesma coisa em uma loja e descobrimos que era o intestino do porco. Todo cru!
Depois de dez anos de carreira, há algum sonho que ainda pretendem realizar? @ParavoceLuaB
Di: Muitos! Uma coisa que queremos fazer, mas temos de ter tempo, é gravar em outras línguas, como no espanhol.
Dani: Um estúdio na casa da árvore!
Fi: Acho que viajar para uma casa e gravar um disco, montar um estúdio nela e ficar um mês por lá.
Como vocês controlam o assédio das fãs? @jenynha_ms
Dani: Seguranças [risos]!
Di: Não controlamos! Mas já aconteceu de eu estar passeando e esconder um pouco o rosto, olhar para o lado, colocar os óculos [risos].
Caco: Não pode passar se mostrando, tem de ter foco. Se você parar para falar com um e tirar foto, vai chamar a atenção do pessoal que não estava te reconhecendo.
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