Fi abriu um tempinho na agenda para bater um papo com o Bah! e falou sobre o novo disco, a tour no Japão e o show no RS! Confira
Como vocês percebem a bagagem da banda e o amadurecimento de vocês nesse novo álbum?
Pra gente, que está vendo a parada de dentro, é diferente. Mas sentimos, tanto pela naturalidade como tudo saiu como pelo tempo em que conseguimos deixar o disco pronto, que a gente está mais seguro do que pode fazer. Estávamos lançando novas músicas desde o começo do ano, para diferenciar também dessa coisa de lançar um disco, daí trabalhar ele, e depois esperar todo um tempo para lançar outro. A gente já estava ansioso para fazer outro disco de inéditas e foi exatamente esse lance de estar mais seguro para fazer um novo. Então não saiu só mais um igual ao que já foi feito, mas bem diferente da linha dos outros, mais instrumental, uma coisa mais madura.
Como está sendo a resposta do público com o single Maré?
A galera está gostando bastante, é som que a gente mais curte do disco. É uma música um pouco mais introspectiva. O Di escreveu a letra de um jeito diferente, fez na praia no fim de ano, e depois a gente arranjou de uma forma que nunca tinha feito antes. Foi meio que uma das primeiras faixas do CD que a gente fez e até demos uma segurada para divulgar.
Muito louca a capa do novo álbum. Quem fez, qual a inspiração e qual a ligação dela com o contexto do disco?
Esse lance da arte é do artista Flavio Rossi. A gente conheceu o trabalho dele em um restaurante em São Paulo, quando estava na época de produção da música Em Comum. Pensamos em mostrar a música e pedir para ele fazer a arte, falamos sobre a ideia da letra e ele fez a primeira capinha, que foi usada no iTunes. Depois, com o lançamento das outras faixas, fomos pedindo os trabalhos de acordo com música. Então saiu o disco e ele faz uma arte que consegue ilustrar tudo o que o disco tem. É uma capa com várias faces, que é esse lance que a gente tem na música.
Nos shows de agora, como é conciliar tantos sucessos com um álbum tão diferente?
É legal, porque a gente acabou fazendo dois formatos de show. O show da turnê, que dá uma renovada no set list com músicas do disco novo e também tem aquelas músicas que tem que ter no show. Mas a gente está louco para tocar as faixas novas, estamos muito na pilha. Tem todo um cenário novo. Também começamos a fazer uma parada para lugares pequenos que é uma turnê chamada Set List, onde o público que for no show monta o repertório. Os fãs entram no site, escolherem as músicas que querem curtir em um determinado evento e as mais votadas vão para o set list, é um projeto restrito para fãs, para quem quer ver músicas que gosta ou que há tempos não ouve.
Vocês já estão consagrados na cena do rock nacional. Como é trabalhar com a consciência de que deu certo? Ainda há muita pressão da mídia pelo que vocês vão produzir?
A pressão é mais da nossa parte mesmo. Você sempre quer dar um passo para renovar as coisas, não pode se acomodar e achar que é isso. Tem que buscar evoluir de alguma forma e a gente busca ter longevidade na carreira, não podemos pensar que já estamos resolvidos. Muita dificuldade já passou, mas sempre há uma nova barreira para superar. O rock no Brasil não é coisa fácil, a gente faz parte de um grupo seleto que conseguiu abertura no mainstream e queremos manter nosso trabalho cada vez mais consistente.
Como vocês enxergam a banda daqui pra frente? Já realizaram tudo o que desejavam ou ainda tem algum sonho que consideram muito distante?
Queremos conseguir uma nova fase no rock. A gente foi uma das bandas da nova geração que conseguiu se manter, conseguiu consciência de que não era brincadeira e mostrou que não era banda de uma proposta só de imagem. Nossa ideia é basicamente valorizar o rock e mostrar para a galera que tem rock no Brasil. O lance da turnê no Japão abriu uma porta que a gente quer explorar um pouco mais, que é tocar para brasileiro que mora fora e a gente vai tentar ir trabalhando isso.
Como é pra vocês tocar no Rio Grande do Sul?
O Sul é um dos lugares que a gente mais gosta, desde a época independente fez grandes shows aí, lendários. Lembrio quando ainda fazíamos turnês de van para Porto Alegre, tipo ia de pinga pinga mesmo, ficava seis horas na estrada, fazia o show ia para a estrada de novo. Bem roots. É um lugar que a gente tem bastante carinho e muita gente aí viu nosso crescimento.
Como foi sua recente turnê no Japão?
Foi muito legal conhecer o Japão, uma cultura diferente, de muita disciplina. O lance do show que a gente fez foi basicamente para brasileiros, tinha uma pequena galera japonesa. O cara de uma rádio de lá tocou a música Cedo ou Tarde e as pessoas ficaram curiosas, começaram a pedir a tradução dessa música. Teve uma menina que fez uma versão em japonês e até cantou com a gente no show em Nagoya. A galera pirou, foi um momento muito legal essa junção. Aí você vê que o negócio não tem barreira mesmo, lá do outro lado do mundo a pessoa ouve a música e faz sentido para ela, é isso que importa.
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